sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ミ★ Tomas-me, como te quero


Tomas-me, como te quero
(Jorge de Azevedo)

Fechei os olhos,
teus lábios estão em mim,
em minha pele assanhada,
minhas mãos estão em ti,
percorre teu corpo
desvendo taras e segredos.

Sinto tua lingua
vorazmente faminta me suga
bebe-me gota a gota
e se deixa sugar
em minha boca.

Tenho os olhos fechados
sentindo teu corpo em extase,
tu me chamas alucinada
quer meu colo
te dou meus anseios,
toco em teus seios enrijecidos,
tuas coxas nuas me enlaçam,
suplicas meus delíros,
quero teu colo, quero teu colo.

Te despes de armaduras,
estás indefesa querendo entregar-te,
entregas-te a mim umidecida,
ardente como fogo em vida
e calidamente explode
sem pressa, sem cálculo,
apenas explode e me abraças
com laços de pernas e de braços,
mordes-me a orelha,
quase feres-me a costa
com unhas quase escarlate
e tremula quase reclama
do orgasmo não prendido,
pende a cabeça sobre o travesseiro
fecha os olhos, abre as mãos
solta o meu corpo e explode
num cansaço de pernas e braços
antes de recomeçarmos
nosso lirico embate.
Recife, 22 novembro 2010

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